É urgente que o Governo inclua, o quanto antes se possível, computação e programação no currículo dos alunos do ensino médio e fundamental no Brasil, sustenta o presidente-executivo da Associação Brasileira das empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, Brasscom, Sergio Paulo Gallindo, que participou de encontro com a imprensa nesta quarta-feira, 08/05, em São Paulo, para a divulgação do relatório setorial de TIC 2018.
"Colocar computação e programação no currículo é uma ação que tem de acontecer ontem. É uma política pública obrigatória. As empresas privadas investem em treinamento, mas é preciso fazer com que os jovens se apaixonem por tecnologia. O Brasil precisa estar pronto para a economia digital ou vai ficar de fora", observou o executivo. O estudo setorial prova que apenas Internet das Coisas - que ainda está incipiente no País - terá uma demanda de 110 mil profissionais até 2024.
"Nem estou pensando neste ano ou mesmo no próximo ano. Mas de 2020 a 2024 há muitos negócios acontecendo em IoT. Vamos precisar de mão de obra e não temos. Hoje há 45 mil profissionais de TICs sendo formados no Brasil. A demanda já de 70 mil. O gap anual já está em 24 mil especialistas. Isso só tende a crescer com e economia real migrando para a economia digital", adverte.
Indagado sobre o papel das empresas privadas, Sergio Paulo Gallindo assegura que os associados da Brasscom têm investido de forma bastante significativa em capacitação de profissionais. "Muitos dos profissionais formados chegam ao mercado precisando passar por capacitação. As empresas fazem esse investimento. Mas a base tem de vir do governo. Eles têm de ter formação de mão de obra em computação como política pública. Economia digital é inexorável. O Brasil tem de se preparar para ontem", reforça.
O relatório setorial de TIC, produzido pela Brasscom, constata que o setor de TICs responde por 7% do Produto Interno Bruto. O País, hoje, responde por 44,8% do mercado da América Latina, o que significa ter uma participação de 2,2% do mercado mundial. Em termos de emprego, o setor empregou em 2018, 1,520 milhão, com a criação de 43 mil novos postos de trabalho, mesmo com a estagnação econômica e as turbulências da política. Nas contas da Brasscom, até 2024, se o setor conseguir dobrar a sua participação no PIB, serão necessários 420 mil novos profissionais.
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A transformação digital ainda é um desafio para muitas empresas no Brasil e a aplicação estratégica das novas soluções deve acontecer por meio de equipamentos e mão de obra qualificada.
Como demonstra o professor e pesquisador Marcos Kalinowski, do departamento de informática da PUC-RJ, especificação boa ou ruim pode triplicar a produtividade ou aumentar em até 50% os custos. O professor da PUC-RJ coordena um projeto de pesquisa na área de Engenharia de Requisitos que envolve mais de 50 pesquisadores de 20 países.
A batizada, 'economia Salesforce', formada pelo ecossistema de parceiros e clientes da companhia, vai gerar nos próximos seis anos, 780 mil empregos indiretos e uma receita de R$ 247 bilhões em novos negócios. Transformação digital será responsável por 50% dos gastos com software e computação em nuvem.
Essa é a constatação do Guia Salarial 2020, produzido pela consultoria Robert Half, com atenção às pequenas, médias e grandes empresas. Cientista de Dados pode ter salário inicial em torno de R$ 13 mil nas pequenas empresas e de R$ 26 mil nas grandes corporações.
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