A Justiça Federal voltou a paralisar a contratação do serviço de computação em nuvem pelo governo federal, na primeira experiência de nuvem pública com diversos órgãos da administração. Na sucessão de decisões sobre o mesmo caso, até aqui a discussão não avançou muito além da necessidade ou não de suspender novas adesões até o julgamento do mérito.
Trata-se de um pregão com 12 órgãos iniciais, mais alguns interessados posteriores, vencido pela Primesys, da Embratel, que pode chegar a quase R$ 30 milhões e até cinco anos de contrato. A Globalweb, segundo colocada na licitação, alega que a vitoriosa usa uma ferramenta de custosa interoperabilidade com outros sistemas, que levaria ao aprisionamento tecnológico. A Embratel nega.
“O primeiro cuidado do edital foi que a ferramenta de gestão de nuvem utilizada deve propiciar que as aplicações, os dados da administração que estejam provisionadas na nuvem possam migrar para qualquer outro provedor. Mas o que foi usado na prova de conceito é uma ferramenta proprietária que exige esforço de migração gigantesco para outro fornecedor”, reclama o diretor jurídico da Globalweb, Antônio João Parera.
Entre os vencedores do pregão o argumento é rejeitado, sob alegação de que não existe tal esforço de migração para os dados e que a análise técnica que sustenta a legalidade da solução utilizada já foi feita pelo Tribunal de Contas da União, que rejeitou uma representação contra o mesmo pregão de nuvem. Segundo o TCU, o edital prevê garantias de portabilidade dos dados que evitariam o risco de ‘lock in’.
No Judiciário, no entanto, a questão ainda está restrita à uma sequência de liminares que ora suspendem, ora liberam novas adesões à ata, à espera de uma futura análise sobre o mérito do processo. No momento vale a decisão de 1o/8, na qual o desembargador Jirair Meguerian reviu sua posição anterior e com isso voltou a suspender a validade da ata.
O aporte previsto no País é de R$ 70 milhões, muito abaixo, por exemplo do que está sendo feito em países como China, Coreia e Espanha, lamentou o consultor de IA, Eduardo Prado, ao participar do 5x5 TecSummit. Ele advertiu que a transformação digital não acontecerá sem que se mexa nas cabeças das pessoas.
O diretor geral da AWS Brasil, Cleber Morais, enfatiza que 2020 foi o ano da disparada na transformação digital e destaca que as instituições financeiras da América Latina estão investindo 76% acima do ano passado em IaaS, PaaS e SaaS.
Por Ed Solis*
De acordo com a consultoria Omdia, o mercado de redes gerenciadas em nuvem cresce a uma taxa anual composta de 28,7%, com receitas de equipamentos previstas em US$ 5,5 bilhões
Por Srinivasa Raghavan*
Se as empresas obtiverem melhor visibilidade do custo de cada serviço em nuvem que utilizam, poderão encontrar o equilíbrio certo entre eles, reduzir as despesas operacionais e obter o melhor valor possível da nuvem.