Em nova abordagem da pesquisa que mede como a pandemia de Covid-19 impactou no uso da internet no Brasil, o Cetic.br, braço de estudos do CGI.br, apontou saltos significativos na disponibilidade de serviços públicos totalmente remotos, embora mais da metade dos entrevistados acredite que fornecer dados pessoais para tais serviços traga mais riscos que benefícios.
Segundo o Painel TIC Covid-19, 57% dos usuários de internet no país realizaram algum serviço público online nos três meses anteriores às entrevistas, incluindo atividades como emitir documentos, preencher e enviar formulários ou pagar taxas e impostos, o que significa um crescimento de 20 pontos percentuais em relação à pesquisa TIC Domicílios de 2019, que fez perguntas semelhantes.
As principais mudanças ocorreram nos serviços públicos ligados aos direitos dos trabalhadores ou Previdência Social, que já eram os mais procurados em 2019. Desde o início da pandemia, 72% dos usuários procuraram esses serviços, proporção que era de 40% no ano passado – e que foi influenciada pelo aplicativo do Auxílio Emergencial. Em Saúde, o salto de utilização foi de 26% para 45% na mesma comparação, enquanto para emissão de documentos, como RG, CPF, passaporte ou carteira de trabalho, a proporção foi de 6% para 21%.
Sem surpresas, as diferenças regionais e socioeconômicas fazem que esse acesso não seja homogêneo entre os internautas brasileiros. Na região Norte, apenas 31% buscaram informações ou utilizaram serviços públicos online, assim como somente 38% dos usuários com 60 anos ou mais. Brasileiros das classes AB também indicaram maior uso desses serviços (53%) do que nas classes C (44%) e DE (35%).
Em que pese os resultados de maior uso, a mesma pesquisa revelou que é grande a preocupação com o uso de dados pessoais. Mais da metade dos usuários de internet (54%) afirmou que os riscos em compartilhar informações, seja com governos ou com empresas, superam os benefícios – enquanto para 16% não há benefícios nem riscos e 13% afirmaram que há mais benefícios que riscos.
As principais preocupações em relação ao uso de dados pessoais foram prejuízo financeiro por fraudes bancárias (32%), roubo de identidade (23%), invasão de privacidade (21%) e venda de dados para terceiros (13%).
Também foram mencionados os motivos diretamente relacionados a preocupações com privacidade: 42% afirmaram se preocupar com vigilância por parte do governo após a pandemia, 39% responderam não acreditar que o aplicativo impeça a identificação e 39% não querem que o governo acesse seus dados de geolocalização.
Resolução do impasse, que se arrasta, é urgente, até por conta da chegada do 5G e pela necessidade da implantação das antenas de pequeno porte, as small cells, afirmam CPFL, Copel e Neoenergia.
A adverência é feita pela advogada especializada em direito digital, Patrícia Peck. "Não basta arrumar a casa para estar protegido. A falta de uma liderença para cuidar da LGPD é um erro grave", pontuou.
Diretor da Associação Brasileira de Internet, Evair Galhardo, sustenta que 5G e Wi-Fi 6 são complementares, mas admite que por ser usada em faixa não licenciada, o Wi-Fi 6 vai se multiplicar muito mais rápido no País.
Em ação de produtores independentes, Augusto Aras sustenta que STF não pode modificar interpretação técnica da Anatel de que a Lei do Seac não se estende à internet.
"Somos um dos maiores registros do mundo e seguimos numa operação muito sólida", comemora Demi Getschko, diretor-presidente do NIC.br e um dos pioneiros da Internet no Brasil.